Lisboa
LISBOA
Cidade branca
semeada
de pedras
Cidade azul
semeada
de céu
Cidade negra
como um beco
Cidade desabitada
semeada
de jacarandás
Cidade dourada
semeada
de igrejas
Cidade prateada
semeada
de Tejo
Cidade que se degrada
cidade que acaba
Adília Lopes. 2006.
Mafra - O Memorial do Convento - José Saramago
"Deve-se a construção do convento de Mafra ao rei D. João V, por um voto que fez se lhe nascesse um filho...."
"Quase tão grande como Deus é a basílica de S. Pedro de Roma que el-rei está a levantar...."
"De Portugal não se requeira mas que pedra, tijolo e lenha para queimar, e homens para a força bruta, ciência pouca...."
"Os homens e os bois já estão no seu jantar, depois será a hora da sesta, se a vida não tivese tão boas coisas como comer e descansar, não valia a pena construir conventos...."
"... ja não tarda um minuto que D João V se encaminhe ao quarto de rainha....O cântaro está à espera da fonte"
"... quando Adão e Eva foram criados, tanto sabia um como sabia outro, e quando os expulsaram do paraíso, não consta que tenham recebido do arcanjo uma lista de trabalhos de homem e trabalhos de mulher, a esta só foi dito, Parirás com dor, mas até isso há-de acabar um dia..."
Hiperligação: Palácio Nacional de Mafra
Casa dos Bicos |
"Não vejo se não estiver em jejum, além disso fiz promessa de que a ti nunca te veria por dentro...."
"...mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia e a Blimunda. "
José Sarmago. O Memorial do Convento. 1982
Hiperligação: A Casa José Saramago
LX Factory
Fundação Gulbenkian
Hiperligação: Fundação Calouste Gulbenkian
Casa Fernando Pessoa
Lisboa com suas casas
de vários cores,
Lisboa com suas casas
de vários cores
Lisboa com suas casas
de vários cores..
À força de diferente, isto é monótono.
Como á força de sentir, fico só a pensar.
Se, de noite, deitado mas desperto,
na lucidez inútil de não poder dormir,
quero imaginar qualquer coisa
e surge sempre outra (porque há sono, e porque há sono, um bocado de sonho)
Quero alongar a vista com que imagino
por grandes palmares fantásticos
mas não vejo mais,
Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras,
Que Lisboa com suas casas
de vários cores.
Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
À força de monótono, é diferente.
E, à forá de ser eu, durmo e esqueço que existo.
Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
de vários cores
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) 1934.
Hiperligação: Casa Fernando Pessoa
Modernidad y tradición
Pensão Amor |
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Jazz |
Fiquei impressionado com as tuas fotografias, Javier!
ResponderEliminarParabéns pela tua forma artística de congelar os detalhes. Apanhaste a vontade de Lisboa com essa tua objetiva.
Abraço.
Muito obrigado pelas tuas palavras David.
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